A ansiedade é natural do ser humano e praticamente inescapável neste mundo corrido e tecnológico. Ela até nos ajuda a enfrentar os problemas do dia a dia. Entretanto, o excesso torna-se prejudicial. Existem diversos tipos de transtornos de ansiedade que podem desencadear sintomas físicos ou psicológicos. Entre os mais comuns, podemos citar as fobias, o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e a síndrome do pânico. Propomos analisar e refletir sobre as situações específicas de cada um para que juntos possamos buscar amenizar, contornar e, se possível, solucionar tais problemas que se apresentam praticamente como inescapáveis em nosso cotidiano. Lembremos que as substâncias psicoativas (álcool, maconha, cocaína, etc.) têm a capacidade de potencializar os transtornos aqui referidos.

Antes de mais nada, queremos esclarecer que a DEPENDÊNCIA QUIMICA é uma terrível doença que pode destruir o indivíduo, massacrar a família e trazer os mais diversos problemas de cunho social. Ela só irá se manifestar mediante o uso de uma substância química (álcool, cocaína, maconha, etc.) de três maneiras: deprimindo o sistema nervoso central, estimulando-o ou perturbando-o (alucinógenos). Ou seja, é uma doença evitável, visto que, em 99% dos casos, o uso é provocado pelo próprio indivíduo. O tema é muito complexo, a doença é traiçoeira e exigirá novos comportamentos e posturas do indivíduo para superar e/ou contornar o craving (fissura) decorrente. A substância psicoativa que desencadeia todos os problemas é inerte; portanto, a DOENÇA TRATÁVEL E CONTROLÁVEL, e a sobriedade física e emocional é possível e passível de ser alcançada. Nossa proposta é caminharmos juntos nesse direcionamento.

O Ministério da Saúde estima que mais de 15% da população brasileira é afetada por essa comorbidade. É um número altíssimo, que propicia altos níveis de afastamento do trabalho e incapacita a pessoa por um longo período ao longo de sua vida. Pode ser ocasionada por fatores genéticos, biológicos, ambientais ou psicológicos. Tristeza, abatimento, apatia, desvalorização de si e sensação de impotência perante a vida são sintomas característicos da doença. O tratamento medicamentoso pode ter um papel inicial imprescindível. Entretanto, em nosso atendimento, nos propomos a buscar juntos as causas e as formas de amenizar, controlar ou reverter esse quadro, muitas vezes estigmatizante, visto que, por não ter uma manifestação clínica mais palpável, pode gerar desconfiança em pessoas menos informadas. O uso de álcool e drogas ilícitas propicia a potencialização dos sintomas, complicando sobremaneira o enfrentamento do problema.